fazendo do meio-fio moradia
Vejo seu vulto soberbo
tornando-me um defunto sem peso
Sou envolvido por uma serpente,
um veneno entorpecente,
brincando com as miragens
em minha mente
Fora do transe químico,
pesadelo real, doloroso suplício.
Tenho fome, não tenho comida.
Tenho sede, não tenho bebida.
Mas tenho a química dos homens,
a hilariante cola dos solados.
A paisagem que não é quadro;
O sentimento que não é poema.
A verdade nua e crua, a cada passo nas ruas.
Jacob O. Bittencourt |
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