sexta-feira, 23 de março de 2012

Coisa de mulher.

Admiro mulheres que acordam às 6h, escolhem a roupa certa, se moqueiam e sobem no salto. Não sou dessas. Fico puta com o toque do despertador pela manhã, coloco várias sonecas de 10 min, me atraso, como e tomo banho o mais rápido que consigo, pego a roupa mais fácil e durmo no ônibus. Não sei fazer unha, cabelo, não tenho esses dons, mas sei cozinhar muito bem, não tenho falsa modéstia também. Eu até passaria horas no salão, porque apesar de achar aquele papo de mulherzinha um saco eu gosto dos resultados obtidos, os elogios recebidos, não a aparência que consigo, é claro. Mas prefiro ocupar as horas no boteco com os amigos, ou com um bom filme ou livro. Não se precipite, eu não me acho melhor por isso. Pelo contrário, ás vezes me vejo desleixada e nada, nada sensual. Ás vezes isso me deprime, mas tenho tanta coisa para fazer e tão pouca organização, que logo me esqueço de qualquer tristeza. O problema são as noites, o quarto fechado, a luz apagada, é nisso que moram os monstros. Eles me causam pesadelos, isso quando não me deixam insone. Não, não sei lidar com isso, nem sei o que o “isso” significa. Só sei que essa tristeza não sai de mim, grudou mais que tatuagem, e quando estou sozinha, sem nada para fazer, não me agüento, estou sempre só e isso, não passa com o tempo.