quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cidadania medieval

Cavaleiro de prata,
desembainha tua espada!
Cavaleiro de prata,
erga teu escudo!

Tu existes desde tempos longínquos
Vivendo em castelos de cartas
Lutando guerras sem dono
Sobrevivendo em lendas infantis

Teu elmo não tornar-te cego
Tua armadura lhe torna inferível
Tua espada coroa-te vencedor
Teu escudo lhe torna inatingível

Cavaleiro, proteja o rei!
Dê a sua vida pela a dele
Deixe a espada ser cravada em teu peito
Dê a sua vida pelo reino

Mesmo que esse não te reconheça
Mesmo que seu escudo quebre
Mesmo que sua espada voe longe
Mesmo que seu cabalo fuja
Mesmo que seu amigo morra

Não se decepcione, o reconhecimento vem com a morte
Não fuja, faça de teu peito defesa
Não se entregue, faça dos seus punhos armas
Não se esconda, orgulhe sua pátria
Não chore, se vingue do assassino

É isto que eles dizem
É isto que eles querem:
que você acredite
que você se supere
que vocês os defenda

Vote neles!
Eleja-os.
Dê-lhes o poder.
Deixei-os governá-lo.
Eles sabem o que é melhor pra você!

Eles o conhecem muito bem
Sabem de tudo o que você precisa
E decidiram em Assembléia Geral:
dar-lhe esmola mensal
e aumentar os próprios salários

Você crê em tudo o que eles falam
Porque eles se formaram
São doutores na arte de manipular
Tiraram A na disciplina roubar
São diplomados em política

Você é um cavaleiro!
Com espada quebrada e escudo furado.
Faça seu trabalho com unhas e dentes
unhas sujas, dentes podres
Porque eles são teus candidatos!

Não se esqueça
você é o cavaleiro de prata
Espere a próxima batalha
Até as próximas eleições.





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