segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Fênix

Em um caminho de rosas 
furei-me em um espinho
Em um imenso oceano
afoguei-me em uma gota

Curei as feridas,
esqueci das cicatrizes.
Lindas amigas!
Pequenas meretrizes!

Apaguei a fogueira,
esqueci as cinzas.
Pequenas faíscas,
consumiram a lenha.

Construí um castelo de cartas
e me tornei rainha.
O inimigo me destronou,
meu castelo desmoronou.

Encontrei um esconderijo!
Da mentira fiz um abrigo.
Criei uma realidade,
encenei a felicidade.

O arqueiro acertou o alvo!
Águas em uma represa.
O caçador capturou a presa!
Paguei um preço alto.

Coração prisioneiro,
vigiado pelo medo.
Liberdade engaiolada,
pássaro com asas quebradas.

Diante de uma encruzilhada
desferiram-me um golpe letal.
Enjaulada como uma fera,
internada como insana mental.

Mas sou sobrevivente de guerra;
sou flor que brota das pedras;
sou oásis no deserto;
sou sol que erradia no inverno.


Do fracasso sou o inverso.
Ressurjo das cinzas,
sou fênix,
queimo as feridas!

Renasço como Osíris.
Sou forte como um touro!
Peregrina do arco-íris,
no fim encontro o ponte de ouro.



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